“A Mulher que teme ao Senhor será Louvada”

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A MULHER DA MINHA VIDA

De repente eu cheguei e quinze dias depois O Senhor nos uniu. E eu dei de cara com a mulher da minha vida. Nossos olhos se encontraram. Foi amor a primeira vista. Então senti que ela seria a mulher da minha vida. Ela pareceu um pouco assustada comigo, parecia não saber o que fazer, mas mesmo assim não desistiu. A mulher da minha vida me quis por perto, bem pertinho dela.  A Mulher da minha vida me tomou por filha.
A mulher da minha vida me aquecia em seu colo, me alimentava em seus braços, me acalentava ao lado, me ninava para dormir, me banhava em seus braços com mãos firmes e fortes, ela me aquecia do frio dormindo ao lado e me empacotava em cobertores. Ela me protegia de tudo e de todos.
A mulher da minha vida estava sempre ao meu lado, todas as vezes que eu acordava, todas as vezes que eu chorava, todas as vezes que eu me entristecia, todas as vezes que eu me machucava, ela sempre estava por perto, toda sorridente, toda feliz, toda brincalhona. Eu dormia sem medo, porque mesmo tão pequena  já tinha a certeza de que aquela pessoa tão bondosa estaria de novo comigo. Não importa o quanto eu dormisse, sempre que eu acordava, ela estava sempre ao meu lado. Todos saiam de perto, menos ela, muitos me quiseram longe, menos ela.
A mulher da minha vida era incrível, não me deixava um minuto. Mesmo cansada do seu árduo trabalho. Não sai de perto pra nada. Aonde eu ia, ela ia comigo. Quando podia me levava ao trabalho dela.  Eu fui crescendo e ela continuava comigo, sempre ao meu lado, e eu me sentia cada vez mais segura, cada vez mais dela. Ela me levava pra escola e para todos os lugares. Nossa comunicação era incrível, ela sempre acertava só de me olhar nos olhos. Ela sabia bem quem eu era.
Assim que pude, comecei a andar com as minhas próprias pernas trôpegas me agarrando nos móveis, e sempre na primeira oportunidade eu corria para junto da mulher da minha vida, corria para os braços dela, corria para ela. Eu puxava suas vestes e não largava a barra da saia desta mulher da minha vida. Onde ela fosse lá estava eu, sempre atrás dela. Ela sempre estava atenta  a tudo, qualquer movimento diferente ou barulho ela aparecia por perto, por mais perto que estivesse. Que mulherão eu tive.
A mulher da minha vida era muito sábia, quando eu não estava bem e não entendia nada, ela me olhava nos olhos e já sabia o que fazer comigo rapidinho. Fui crescendo e querendo muito saber mais quem era essa mulher da minha vida que não saia de perto de mim pra nada. Enquanto eu crescia fui aprendendo que essa mulher que eu admirava bastante e de quem eu havia me tornado fã, era a minha professora, as primeiras aulas  que ela me deu foi de: companheirismo, amizade, amor , carinho e  união; depois fui aprendendo com ela muitas outras coisas boas, especiais e importantes para minha vida.  Eu crescia e pensava:  “quando essa mulher da minha vida vai me deixar?” E passava dia, dias, e mais dias e ela sempre estava ali juntinho de mim. Eu sabia que sempre ia poder contar com ela. Eu sabia que ela sempre ia me ajuda. Eu sabia que ela era minha fiel companheira de todas as horas.
A mulher da minha vida, se importava comigo, ela me amava de verdade, pois me disciplinava, me corrigia, me educava e nunca me deixava impune, ela me queria perfeita, ela me preparou para ser uma boa pessoa na sociedade. Ela me ensinou a respeitá-la e dar a ela o seu devido valor, respeito, consideração e amor e bem assim com as demais pessoas também.
Logo descobri que essa mulher da minha vida só podia ser a minha MÃE! Não seria possível ser outra pessoa, pois tanta dedicação, atenção e tudo mais que eu tinha só podia vir desta pessoa espetacular que Deus colocou no meu caminho e me privilegiou podendo chamá-la de MÃE, palavra tão pequena, mas com GRANDES e importantes significados!
  E querem saber o mais incrível sobre essa mulher da minha vida? Ela não sabia ler e com muita dificuldade escrevia seu primeiro nome. Mas ela não se intimidou e foi para as ruas a procura de trabalho e conseguiu. Não sabia pegar o ônibus, mas aprendeu. Ela sabia calcular sem precisar de calculadoras. Essa mulher foi excelente em todas as profissões que exerceu na minha vida. Ela era a Administradora do lar, uma boa e competente Chefe, foi a minha primeira Professora, me ensinando muitas coisas boas, sobre ética, moral, dignidade, honestidade, relacionamentos e boas maneiras. Ela foi minha Instrutora em vários cursos extras que fiz, como de: Cozinheira, Arrumadeira, Faxineira, Passadeira... Ela era também a minha Médica, minha Doutora particular, Minha Pediatra! Especialista em Primeiro Socorros! Qualquer probleminha eu corria para ela.  Ela cuidava muito bem de mim quando ficava doente me dando chásinhos com mel, me fazendo repousar e uma porção de coisas, ficava sempre vigiando minha febre, só de observar os sintomas ela já sabia o que eu tinha e como tratar. Eu me sentia melhor só de estar perto dela. Quando fui crescendo, ela também foi se aperfeiçoando ainda mais, ela era minha Psicóloga e melhor amiga, só de me olhar, já sabia o que eu tinha, parecia que estava escrito na minha testa. Era também uma excelente Advogada e Juíza, se alguém fizesse algo contra mim, ela ia tomar satisfação e se fosse necessário já me sentenciava também. E ainda descobri que eu não preciso de tantos diplomas para ser quem devo ser.
A mulher da minha vida que me tomou por filha se chamava: Josefa Anna Maria da Conceição Fernandes. Que mulherão!










 Autora: Rô Santana