“A Mulher que teme ao Senhor será Louvada”

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Entre irmãs


A compaixão na vida de Jesus
 
            Jesus nos assegura pela fé e por meio do arrependimento podemos participar no Reino de Deus. Somos chamadas a fazer parte desta nova família no novo reino, onde há apenas uma lei inclusiva, a lei do amor – amor que Jesus declarou no Sermão do Monte, amor que é o “...cumprimento da lei...” (Romanos 13:10). Jesus ensina que a motivação que deve controlar as atitudes e os comportamentos dentre os nascidos de novo deve ser a compaixão; o amor em ação e o cuidado uns pelos outros.
            Sendo o Deus encarnado – Filho de Deus e Deus-Filho – Cristo reflete perfeitamente a natureza de Seu Pai, Sua santidade e essência divina. Mesmo não tendo pecados, porém sensível aos seus efeitos, Jesus teve empatia pelos pecadores que sofriam as consequências da transgressão dos primeiros pais, e sempre os reconheceu como caniços rachados espiritual e emocionalmente, à beira do colapso.
            Jesus percebia que entre as multidões que se comprimiam contra Ele havia almas cuja fé não ardia esplendorosamente, mas como um pavio fumegante (Mateus 12:20). Sem severidade, Ele buscou fortalecer as canas quebradas e tornar em chamas os pavios fumegantes. Um dos Seus versos favoritos do Antigo Testamento enfatizava: “Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos” (Oséias 6:6). Jesus apropriou-se daquelas palavras ditas por Deus para alicerçar a Sua compaixão, a qual violava a tradição (Mateus 9:13; 12:7).
            Em todos os momentos, Jesus sentia compaixão pelas crianças e também pelas mulheres. Israel era uma sociedade patriarcal e restava às mulheres a subordinação, o tratamento como seres inferiores aos homens, social e espiritualmente. Apesar de divergirem entre si, os rabinos, os pais e os maridos exerciam o controle sobre as mulheres, e era forte a crença na inferioridade delas, expressada na oração oferecida pelos homens judeus: “Deus, te agradeço porque não nasci cachorro; te agradeço porque não nasci gentio; te agradeço porque não nasci mulher.” As filhas, em sua juventude, eram frequentemente tratadas com desconfiança e receio, e supervisionadas para que não evidenciassem falta de castidade. Entre outros costumes, a mulher era objeto de troca do pai, ou do marido. Seu papel era ser dona de casa, ter muitos filhos, e quanto mais os tivesse mais estimada seria.
            Se a esposa desagradasse o marido, ele poderia divorciar-se dela, mas à esposa não lhe era concedido o mesmo direito (Deuteronômio 24:1-4). Se suspeita de adultério, poderia ser submetida ao ritual da água amarga (Números 5:11-31), mas o marido era isento desse castigo.
            Os cânticos e estribilhos eram exclusivos dos homens, as mulheres os ouviam em lugares específicos na sinagoga. Somente os meninos estudavam a Tora. Alguns rabinos chegaram a declarar, “ É melhor deixar as palavras da lei serem queimadas do que ensiná-las às mulheres...”. Para um culto ocorrer era necessária a presença de dez homens; nove homens e uma mulher – seria impossível!
            Jesus, sendo sensível às necessidades de homens e mulheres, demonstrava a compaixão que não se restringia ao gênero e aos preconceitos. Para realizar uma cura, Jesus se permitiu ser tocado por uma mulher, sem sobressaltar-se, nem seguir a rotina de purificação prescrita.
            A Palavra de Deus relata a história de mulheres tocadas pelo amor e compaixão de Jesus.
·         Jesus fez a mulher doente por 12 anos compreender a diferença entre a crença num toque mágico e a fé salvadora na graça divina (Lucas 8:42-48).
·         Uma prostituta derramou oleio precioso nos pés do Salvador e os lavou com suas lágrimas. Cheio de compaixão e ciente de seu arrependimento e fé, Jesus defendeu este ato ousado e extravagante, e a despediu com Sua bênção de paz (Lucas 7:36-50).
·         Jesus negou-se a participar do apedrejamento da mulher apanhada em adultério, e agiu com piedade, tato, justiça e perdão. Absolveu a transgressora de sua culpa, advertiu-a sobre futuras tentações e a despediu para viver a vida transformada (João 8:1-11).
·         As viúvas em especial despertavam a Sua compaixão. O Antigo Testamento determinava que as viúvas fossem tratadas com bondade e respeito (Deuteronômio 14:28-29; 24:19-21; 26:12-13; Isaías 1:17; Zacarias 7:10).
·         Quando uma mãe enfrentou a solidão e a tristeza pela morte de seu filho, Jesus compadeceu-se (Lucas 7:13) e substituiu a dor inconsolável por incontrolável alegria(v. 11-17).
·         Ao iniciar Seu ministério público, Jesus referiu-se à viúva de Serepta, que contradizia os preconceitos dos ouvintes (Lucas 4:25-26), pois também era suscetível à graça salvadora de Deus.
·         No poço de Jacó, Jesus deu um breve curso de teologia a uma samaritana, espantando Seus companheiros tradicionalistas ao falar com uma mulher em lugar público! (João 4:1-30).
          Jesus questionava o papel tradicional das mulheres, e Ele desafiou a tradição, permitindo que elas o seguissem e participassem no sustento de Seu ministério itinerante (Lucas 8:1-3). Ele as ensinava sobre a graça de Deus, com compaixão individual e coletiva. Jesus dedicou Seu tempo às mulheres, instruindo Maria de Betânia (Lucas 10:39), repreendendo Marta, a irmã de Maria, e ensinando a todas nós que é melhor aprender sobre como viver no reino, do que preocupar-se com tarefas domésticas.
            Por meio da compaixão Jesus percebia as necessidades das pessoas, não em categorias abstratas como masculino e feminino, judeu e gentio, estrangeiro e cidadão, adulto e criança. Ele as via como seres feitos à imagem de Deus, e potenciais membros da Sua família espiritual. Jesus jamais tolerou o pecado, mas com amor, ofereceu perdão e esperança àquelas mulheres que a sociedade desprezava como refugo moral. Compadeceu-se das mulheres que, na maioria das vezes, experimentavam a negligência, o desrespeito e a rejeição. Ainda hoje nosso Mestre – o Senhor Jesus, Filho de Deus age da mesma maneira.
 
(Extraído e adaptado do livreto A Compaixão de Jesus (YQ158) 2008 Ministérios RBC.)
Postado por: Rô Santana com autorização via e-mail da Editora: Publicações RBC. 
Este texto se encontra na  Agenda nosso andar diário 2013 da Publicações RBC.
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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O Tempora, O Mores: "Só Presto Contas a Deus"

O Tempora, O Mores: "Só Presto Contas a Deus": Esse é o pensamento do evangélico típico de nossos dias. Quando fui perguntado recentemente por alguém sobre a maior necessidade da...